“O meu filho só quer a minha atenção!” Tens uma criança a exigir constantemente ser o foco do teu universo – todo o dia, todos os dias?
A criança exige atenção constante, e se alguém, principalmente tu, não lha deres, ou faz uma birra ou faz algo que não devia. Por isso, tens de lhe dar a atenção. Já tentaste dizer que precisas de fazer X durante 5 minutos e depois brincas. E às vezes a criança aguenta um ou dois minutos, mas volta logo. Se mantiveres a tua posição, ela faz algo ou perigoso ou destrutivo, o que acaba por exigir a tua atenção. Sentes que passas os dias a entreter, acalmando as birras e emoções, e a apagar fogos. Estás a stressar!
Estamos apenas a deixar que as explosões aconteçam, mantendo o nosso próprio centro e sem tentar fazer nada, excepto acalmarmo-nos, lembrando-nos de que estamos a salvo. Portanto, estamos a relaxar, a respirar, e a deixar de gerir os sentimentos dos outros, que NUNCA controlaremos.
Mas dentro de ti, estás a trabalhar para te sentir segura, firma, aceitando.
Os sentimentos da criança são os seus sentimentos e não a tua responsabilidade de fazer outra coisa que não seja aceitar.
Na verdade, temos a melhor hipótese de sermos líderes calmos, confiantes e gentis se viermos de um lugar de força, e poder é quando não temos de gritar, “Pára. O que estás a fazer?”!
Força e poder é quando podemos ser mais silenciosos e podemos dizer: “Oh, uau, muito interessante”. Estás a fazer isso outra vez. Eh?”. Não o torna excitante, não o torna divertido para a criança. Porque, na verdade, duvido sinceramente que seja divertido. Mesmo que a criança esteja a sorrir, é um sorriso desconfortável e inseguro. Não é o tipo de sentimento de felicidade centrado que queremos que tenha.
Mas primeiro tem de estabelecer que tem líderes em casa e que o líder não é ela, e depois vai acalmar-se. Por isso, tem muita confiança quando disseres: “Tenho de fazer isto durante cinco minutos”.
O que a maioria das crianças realmente quer e precisa ao pedir para brincarmos é a atenção indivisível da nossa parte. Elas não precisam de nós para brincar com elas e criar ideias com elas, fazer as acções com elas. O teu filho só quer a tua atenção plena. Quando assumimos um papel passivo na brincadeira, as crianças recebem mais da experiência de fluxo auto-dirigido e não precisam de confiar sempre em nós para brincadeiras e entretenimento.
E depois, sê realmente clara quando não se pode brincar e sente-te bem com a decisão. Não há nada de negativo nisso. É a vida a acontecer.
Tenta estar mesmo presente e focada, quando estão a ter as “rotinas de cuidados”. Não tens de comer com a criança, mas quando está a comer, estás lá. Não estás ao telefone.
Vai tirando estes momentos sempre que puderes ao longo do dia, enchendo o copinho. Trocar fraldas ou ajudá-la a ir à casa de banho, ou tomar banho ou ter tempo para se vestirem juntos, estar lá para a apoiar e ajudar tanto quanto ela precisar ou quiser nessas situações.
Todas estas coisas ajudarão as crianças a serem mais capazes de nos libertar na hora de brincar. Mas mesmo assim, precisas de ser o líder confiante quando não der mesmo e aceitar que as crianças (infelizmente!) não vão dizer: “Claro! Vai lá fazer o que precisas! Demora o tempo que precisares! Eu fico aqui a brincar sozinha”.
A criança não precisa de atenção constante. Nenhuma criança precisa. Precisa de líderes seguros constantes.
Espero que esta perspectiva ajude.
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Tu consegues!